quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Respostas dos exercícios

Livro de Filosofia
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1) Sintetize e compare os conceitos antigo e moderno de política.
R: O conceito grego de política como esfera de realização do bem comum tornou-se clássico e permanece até nossos dias, mesmo que seja como um ideal a ser zelado. O conceito moderno de política, conforme assinalou o filósofo político italiano Norberto Bobbio está estreitamente ligado ao de poder.


2) Poder é a posse dos meios que levam à produção de efeitos desejados. Explique essa afirmação.
R:Poder vem do latim potere,posse “poder, ser capaz de”. Refere-se fundamentalmente à faculdade, capacidade, recursos para produzir certos efeitos, segundo o filosofo inglês Bertrand Russell poder é a capacidade de fazer com que os demais realizem aquilo que queremos, Assim a frase “poder é a posse dos meios que levam à produção de efeitos desejados”,quer dizer que quem tem poder manda.

3) Comente a afirmação de Norberto  Bobbio de que o poder político é o poder supremo numa sociedade de desiguais.
R: Bobbio desenvolve o argumento de que o poder econômico é fundamental para que o mais rico subordine o mais pobre, assim como o poder ideológico é necessário para conquistar a adesão da maioria das pessoas aos valores do grupo dominante. No entanto, só o uso do poder político, da força física, serve, em casos extremos, para impedir a insubordinação ou desobediência dos subordinados. E nas relações entre dois ou mais grupos poderosos, em termos econômicos ou ideológicos, o instrumento decisivo na imposição da vontade é a guerra, que consiste no recurso extremo do poder político.

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4)Analise e comente o conceito de Max Weber para Estado.
R: A partir de Weber, podemos derivar o seguinte conceito: Estado é a instituição que, dirigida por um governador soberano, reivindica o monopólio de uso legítimo da força física em determinado território, subordinando os membros da sociedade que nele vivem.

5)Em que sentido podemos falar de uma contraposição entre sociedade civil e Estado?
R: na linguagem política contemporânea, tornou-se comum estabelecer a contraposição sociedade civil e Estado. Nessa contraposição, o Estado costuma ser entendido como a instituição que exerce o poder coercitivo (a força) por intermédio de suas diversas funções, tanto na administração pública como no Judiciário e no Legislativo. Por sua vez, a sociedade civil costuma ser definida como o largo campo das relações sociais que se desenvolvem fora do poder institucional do Estado.

6) Qual deve ser a função dos partidos políticos em relação à sociedade civil? Em sua opinião eles cumprem essa função no Brasil?
R: Trabalhar para o povo com os serviços sociais que devem ser prestados,pra ajudar o nosso pais a crescer,mas infelizmente não é o que acontece na  verdade o que se faz é quadrilhas ,que só atrapalham as nossas vidas,rouba nosso dinheiro.Dando sempre uma jeitinho de inventar novos impostos e ganhar dinheiro sem trabalhar como deveria.

7)Regime político é o modo característico pelo qual o estado relaciona-se com a sociedade civil.Como se relacionam com a sociedade civil os regimes político democrático e ditatorial?Detalhe suas características.
R: O que têm em comum essas três formas de poder poder econômico, poder ideológico, poder político é que elas contribuem conjuntamente para instituir e manter sociedades de desiguais divididas em fortes e fracos, com base no poder político; ricos e pobres, como base poder econômico; em sábios e ignorantes, com base no poder ideológico. Genericamente, em superiores e inferiores. Como poder cujo meio específico é a força, de longe o meio mais eficaz para condicionar os comportamentos, o poder político é, em toda a sociedade de desiguais, o poder supremo, ou seja, o poder ao qual todos os demais estão de algum modo subordinados.
CARACTERÍSTICAS DE UMA DEMOCRACIA
- liberdade individual
- igualdade perante a lei sem distinção de sexo, raça ou credo
- direito ao voto
- educação
- direito ao livre exercício de qualquer trabalho ou profissão

 características de um ditatorial
- Cassação de direitos políticos de opositores;
- Repressão aos movimentos sociais e manifestações de oposição;
- Censura aos meios de comunicação;- Censura aos artistas (músicos, atores, artistas plásticos);
- Aproximação dos Estados Unidos;- Controle dos sindicatos;
- Implantação do bipartidarismo: ARENA (governo) e MDB (oposição controlada);
- Enfrentamento militar dos movimentos de guerrilha contrários ao regime militar;
- Uso de métodos violentos, inclusive tortura, contra os opositores ao regime;



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8)Destaque os aspectos do pensamento político de Platão que culminam com a idéia de um rei-filósofo.
R:Ele não propunha a democracia como a forma ideal de governo e na sua justificativa  para essa posição esta em sua alegoria da caverna. É saindo do mundo das trevas e da ilusão,busca o conhecimento e a verdade no mundo das idéias.Depois deve voltar para dirigir as pessoas que não alcançaram esse ponto.


9)A base do pensamento político de Aristóteles e a afirmação de que o ser humano é por natureza um animal político.Explique:

A)como ele chegou a tal conclusão:
R: Pois,para sobreviver,não pode ficar complemente isolados de seus semelhantes;

B)como essa conclusão vincula-se à idéia de que o objetivo da política é o bem comum,e o que é o comum pra ele.
R: Os anseios  dos individuo que a organizam.

10) A partir da idade media, que relação se estabeleceu no pensamento político entre a idéia de Deus e a de governante?Que teoria se formulou a seu respeito no inicio da idade moderna? Explique-a.
R: O governante eleito de veria fazer tudo de acordo com a lei de Deus ou seja de acordo  como a” igreja “desejava.Já no inicio da idade moderna o governante não fazia mais como“DEUS” queria mas sim como ele achava correto.


11)O realismo politico de Maquiavel inaugurou uma nova maneira de pensar a politica.Que maneira foi essa?Como essa novidade se expressou?
R:Maquiavel observou que havia uma distancia entre o ideal de politica e a realidade politica da época.Então escreveu um livro "O Príncipe"com a ideia de tratar da politica tal como ela se dá,ou seja,sem pretender fazer dela uma teoria politica ideal,mas ao contrário,entender e esclarecer a política real.

12)Hobbes entendia que o''homem é o lobo de próprio homem''.Explique essa tese e como ela o levou á sua concepção de Estado?
R:Hobbes concluiu em sua investigação que o ser humano embora viva em sociedade,não possui o instinto natural de sociabilidade.
Então cada um vê outras pessoas como concorrentes,e quando não tem controle sobre ela,passa a existir uma competição até que ela consiga dominar a outra.Essa consequência irá gerar um estado de guerra,daí a frase.
Só havia então uma forma de dar fim a essa brutalidade,criando o Estado que iria impor ordem e direção.

13)Locke e Rousseau também formularam suas teorias contextualizadas acerca da origem do Estado,polemizando em grande parte as concepções de Hobbes.Discorra sobre as teorias ,procurando destacar os aspectos desse debate.
R:Locke fez uma reflexão mais moderada a respeito da teoria de Hobbes.Referindo-se ao Estado de natureza como uma condição na qual na falta de normatização cada um seria seu próprio juiz o que levaria a problemas.
O Estado seria criado para garantir que a liberdade dos direitos naturais,segurança e propriedade aos individuo.Contrário de Hobbes,Locke concebe a ideia da sociedade politica para manter os direitos naturais.
Rousseau,por outro lado foi mais além,glorificando os valores da vida natural,e exaltava a liberdade que o selvagem teria desfrutado na pureza do seu estado natural.Investigando,Locke estudou sobre a origem do poder politico e a existência do Estado.
Ele então defende a tese de que o único argumento politico para o poder é o pacto social.Onde cada um deve se submeter a vontade geral do povo que pertence,onde o interesse é o bem comum.

14)Que critica faz Hegel às concepções de Hobbes,Locke e Rousseau?
R:Ele criticou  a ideia de que a concepção liberal do Estado parte da ideia do individuo isolado e que depois se organizou a sociedade.Para ele,o individuo é um ser social e encontra seu sentido no Estado.

15)Como se prosicionam Marx e Engels em relação a teoria contratualista e liberal a respeito da origem e do papel do Estado?
 R:Para eles,em um determinado momento de desenvolvimento das sociedades humanas,certas funções administrativas antes feitas por um grupo de pessoas,passaram  a serem feitas  apenas por um grupo limitado de pessoas que detinham o força para impor normas de organização.Daí o Estado.
Essa separação pode ter ocorrido através de brigas por desigualdades sociais entre explorados e exploradores.
Assim o papel do Estado era controlar esses conflitos,porém o mesmo nasceu em meio a um grande conflito por isso acabou sempre aparentar defender os dominadores e não os dominados.

Nomes:Paola Cardoso -Nº29
            Paulline de Oliveira -Nº30
            Thays de Azevedo-Nº39
Turma:3006

6) Q




Música sobre a política

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
(Geraldo Vandré)

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção.
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer.
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer.
Há soldados armados,
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer.
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não.
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer.
Comentário sobre a música:
Entre tantas músicas, que de uma forma ou de outra nos conta os longos 20 anos de ditadura, existe uma em especial: “Pra não dizer que não falei das flores”. Composta por Geraldo Vandré, um homem paraibano, que depois de 1968 sumiu e ficou durante anos em silêncio, mas que deixou como herança para as novas gerações, uma composição que por muitos é considerada um hino contra a ditadura, alguns ainda dizem que é a Marselhesa brasileira. Marselhesa foi um canto de guerra revolucionário que acompanhava a maior parte das manifestações francesas, e em 1975 tornou-se hino nacional da França.
Caminhando e cantando e seguindo a canção / Somos todos iguais braços dados ou não: representa as passeatas que reuniam, em sua maioria, jovens que tinham consigo um desejo de mudança, ambições e sonhos, eram movidas a cartazes de protestos, a vozes gritantes que entoavam hinos e músicas. Essa frase também nos mostra que independente de crenças e idéias, as pessoas são iguais, estando elas do mesmo lado ou não.

Nas escolas nas ruas, campos, construções: as manifestações eram compostas de pessoas de diversos ambientes, mas que possuíam o desejo de mudança em comum: agricultores, operários, camponeses, mulheres, jovens, professores, jornalistas, intelectuais, padres e bispos. No caso de professores, jornalistas e intelectuais eles eram censurados e vigiados, o que depois de AI-5 ocorreu com maior intensidade, os professores não podiam lecionar e mencionar nada referente ao golpe, os jornalistas tinham seus artigos e matérias cortadas pela censura e os intelectuais eram proibidos de disseminar suas idéias e também de publicá-las. Nas universidades não havia vagas e muitos jovens não conseguiam estudar, mulheres eram descriminadas e impedidas de trabalhar, os operários sofriam com os baixos salários, agricultores e camponeses tinham suas terras ocupadas e os padres e bispos eram ameaçados, presos e muitas vezes expulsos do país. Então a maneira encontrada para protestarem pelos seus direitos, era juntar-se aqueles que também possuíam idéias de mudança e desejo por um país melhor.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber: esse trecho contesta sobre aqueles que sofriam o momento na pele e não faziam nada, afinal não se muda um país, ficando parado. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer: refere-se também a essas pessoas que preferiam ficar em silêncio em vez de tentar alcançar a mudança junto aos estudantes e aos demais.

Pelos campos há fome em grandes plantações: as pessoas que trabalhavam nos campos, ou que eram agricultores, também sofriam com a ditadura, os poucos que possuíam um pedaço de terra a mesma lhe era tomada, os camponeses muitas vezes eram despejados e acabavam por passar fome.

Pelas ruas marchando indecisos cordões: cordões é como ficou conhecido os grupos de foliões que tomavam as ruas durante o carnaval, o nome refere-se a característica dos grupos serem formados de forma que as pessoas se sucedem. Assim era composta algumas das manifestações, como foi o caso da Passeata dos Cem Mil, que parecia ser dividida em blocos: artistas, mães, padres, intelectuais e entre outros, que em muitos casos, caminhavam indecisos ou com medo dos militares.

Ainda fazem da flor seu mais forte refrão / E acreditam nas flores vencendo o canhão: enquanto os militares reprimiam os protestantes com canhões, bombas de gás, e armas, a população saia nas ruas com cartazes e com a força de suas vozes, muitos atirando pedras e tudo o que se estivesse ao alcance, mas nada parecia ser tão forte e provocante quanto os gritos, as palavras de ordem dos movimentos estudantis, frases e músicas daquele ano, essas sim eram suas verdadeiras flores. Mas começaram a surgir grupos que não acreditavam mais em democracia sem a violência, alguns grupos de radicais se formavam e gritavam em coro: “Só o povo armado derruba a ditadura”, enquanto do outro lado um grupo militante gritava: “Só o povo organizado conquista o poder”.

Há soldados armados, amados ou não / Quase todos perdidos de armas na mão: os soldados estavam sempre armados e dispostos a prender os manifestantes e levá-los para as salas do DOPS, porém, muitos pareciam alienados, não sabiam direito o que acontecia ou fingiam não saber, para quem sabe assim se redimir da culpa de tantas mortes e “desaparecimentos” da época. Mas tinham famílias, namoradas, mãe, irmãos podiam sim ser amados por alguém ou então odiados por todos. Muitas manifestações foram, sobretudo contra a violência dos policiais.

Nos quartéis lhes ensinam antigas lições / De morrer pela pátria e viver sem razão: Os soldados aprendiam lições e como se houvesse uma lavagem cerebral aceitavam cumprir as ordens do governo, mas acredito que em sua maioria muitos sabiam exatamente o que faziam e concordavam com os planos e métodos. Como diz a frase eles aceitavam morrer pelo seu país, mesmo que para isso eles fossem recriminados pela população e tivessem que viver sem anseios e sem razão, afinal de contas eles só serviam para fazer o trabalho pesado para os governantes.
Somos todos soldados, armados ou não: na contradição de ser ou não soldados, todos
eram, a diferença esta nas armas e na motivação.

Os amores na mente, as flores no chão / A certeza na frente, a história na mão: a maioria, se não todas as pessoas que participavam ativamente dos manifestos eram motivados pelas perdas que sofriam, pelas mortes de amigos, parentes, conhecidos, pela dúvida do que aconteciam com as pessoas que eram levadas. Alguns dos jovens quando crianças viram seus pais serem levados por policiais e nunca mais tiveram noticias, muitos viram seus amigos morrerem e o corpo simplesmente desaparecer e acabavam por não ter direito ao enterro, alguns poucos voltavam e de outros nunca mais se ouvira, eram guiados pela certeza de que poderiam mudar o mundo e pela história que cada um deles possuía.

Aprendendo e ensinando uma nova lição: Grande parcela dos jovens brasileiros de hoje, desconhecem o período de 10 anos desde o golpe militar até o fim da ditadura, o desejo de mudança, a fome por liberdade e a coragem de lutar não está entre as principais prioridades do jovem do século XXI. O conformismo, a tecnologia, e várias outras novidades que surgiram após 1968, impedem que estudantes despertem em si os mesmos desejos de mudança. Muitos jovens não conseguem imaginar que existiu um tempo em que não havia internet, raves, DVD, CD, TV em cores e muito menos TV a cabo, shopping centers, big brother, MSN, orkut, entre outras coisas. Os jovens são movidos a saciar seus desejos e vontades muitas vezes supérfluas e estão mais preocupados com o próprio bem-estar, muitos desperdiçam o direito de voto, que infelizmente só foi conquistado após ditadura, direito esse que tanto foi motivo de luta dos jovens que almejavam garantir sua opinião e participar da história do próprio país.
Insatisfação contra a corrupção, violência, injustiça, leis, governos, escolas, mas não passam de apenas reclamações. A música de Geraldo Vandré é clara, nos conscientiza e informa sobre o ano de 1968 e os demais que se seguiram de ditadura militar, nos faz repensar sobre atitudes e ideais, sobre o velho e o novo, e de como o ditado “um por todos, e todos contra um” foi tão intenso durante aqueles anos, os estudantes podem não ter derrubado a ditadura, mas foram vistos e foram parte importante e indispensável da história. É decepcionante saber de que nos tempos atuais, aceitamos o que nos é imposto, fazemos parte de uma massa que cada vez mais parece alienada e movida às tecnologias. Não conseguimos nos separar de bens materiais e tampouco lutar contra isso, nos conformamos e ficamos aprisionados, o ano de 1968 ficou apenas como exemplo de uma geração de jovens com ideais, alguns alienados sim, mas a maioria com esperança de um país melhor e capaz de lutar pela liberdade e por aquilo que era lhes eram imposto.
Mesmo depois de 40 anos essa composição ainda pode nos expor a importância da luta pelos nossos objetivos, desejos e ideais, mas principalmente de como o conhecimento dos próprios direitos e deveres é imprescindível para que se construa uma sociedade melhor e democrática, além de ser o nosso principal dever como cidadão.

vocabulário:
Pólis-Política